DISTRITO CRIATIVO CENTRO-GARE
Iniciativa que tem o propósito de criar um movimento de transformação do Centro Histórico de Santa Maria em um lugar de convivência, vivência, desenvolvimento sustentável e economia criativa.
NÓS
As portas abertas do comércio e serviço da Avenida Rio Branco e suas adjacências, o ir e vir de pessoas nos passeios públicos delineados por um importante acervo contínuo de Art Déco, as conversas e os encontros nas esquinas, salões, cafés, brechós e antiquários, a efervescência dos dias de Brique na Vila Belga, a pujança adormecida da Gare da Estação, a convivência plural nos espaços verdes do Parque Itaimbé fazem parte da identidade e memória ativa do Centro Histórico de Santa Maria.
É neste lugar que nasce o Distrito Criativo Centro-Gare, um projeto que traz em seu DNA um processo contínuo de escuta ativa daqueles que vivenciam diariamente a região, os verdadeiros especialistas do território. A partir das dores e desejos de mais de 500 pessoas ouvidas ao longo do ano de 2021 (veja em nossa trajetória a timeline da construção da iniciativa do Distrito Criativo), foram configuradas um conjunto de ações estratégicas que vão ajudar a ordenar de forma sequencial um plano de ação que conduza o distrito criativo em direção ao futuro desejado.
A região, delimitada em seus extremos pela Praça Saldanha Marinho e pela Gare da Viação Férrea, é uma das mais importantes da cidade em termos históricos e culturais. Ao longo da Avenida Rio Branco, Santa Maria cresceu e se desenvolveu, impulsionada pela aura de progresso e modernidade trazida pela ferrovia no final do século XIX. Por ser um símbolo para a cidade, aliado ao fato de que já existem no território diversas iniciativas voltadas à economia criativa, o Centro Histórico foi escolhido para sediar o Distrito Criativo Centro-Gare.
Para que este território se torne de fato um distrito criativo, é preciso que existam pessoas criativas capazes de movimentar as diferentes estratégias para fazê-lo vibrante, além de projetar novas ideias. O Distrito Criativo Centro-Gare não se resume a prédios revitalizados, a obras de infraestrutura e melhorias, a buracos tapados ou placas turísticas novas, a eventos ou novos empreendimentos ou a leis de fomento. Para que tenha êxito, esse projeto necessita de tudo isso e do envolvimento, do querer fazer diferente. E, isso, envolve a todos nós.
Estimular a economia criativa é tão importante quanto propiciar que todos os cidadãos que frequentam o distrito se vejam como agentes de transformação, que se identifiquem com o atributo “criativo” do distrito e que sejam capazes de encontrar soluções criativas para os problemas do território em que vivem.
Não é um processo finito, é uma jornada evolutiva que, aos poucos, transformará o território em sua aparência e uso e fará surgir um ambiente pulsante, econômico e sustentável. É importante que esse movimento ocorra, mas ele deve servir para dar condições para que a criatividade inerente ao ambiente floresça, e que suas vocações sejam potencializadas para promover o aumento da qualidade de vida das pessoas que ali vivem, trabalham ou visitam.
PARA UM DISTRITO CRIATIVO NASCER É PRECISO
Ativar a colaboração entre diferentes setores
Enxergar os problemas existentes sob diferentes óticas
Conectar o novo com a identidade local existente
Exercitar a empatia
Colocar as pessoas no centro
Aperfeiçoar a capacidade de agir de forma coletiva
VISÃO
Transformar o território do Distrito Criativo Centro-Gare em um ambiente de convivência entre pessoas, de vivência da memória da cidade e de desenvolvimento econômico sustentável, dando condições para o florescimento do potencial criativo e inovador das pessoas que ali vivem, trabalham e visitam.
MISSÃO
Aproximar e potencializar atores de diferentes esferas para atuar coletivamente na geração de valor para o território garantindo coesão e continuidade nas ações para o Distrito Criativo.
VALORES
- Sustentabilidade econômica
- Respeito à memória ferroviária
- Colaboração
- Inclusão
- Inovação com e para as pessoas
NOSSO TERRITÓRIO
O Distrito Criativo Centro-Gare está localizado na região do Centro Histórico da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. O perímetro comporta a interseção de 25 ruas e duas avenidas: a Avenida Rio Branco e a Avenida Itaimbé. A norte, o seu limite é materializado por meio dos trilhos. Criando uma continuidade entre os trilhos e o Parque Itaimbé, vê-se o limite leste, que engloba a linearidade do Parque, contornando esta importante área verde da cidade. Logo, a Rua Ângelo Uglione, a Praça Saldanha Marinho, o Calçadão Salvador Isaia e a Rua Dr. Bozano materializam o limite sul do Distrito. As ruas Serafim Valandro, Amelia Rodrigues, Ernesto Beck e Floriano Peixoto fecham o perímetro a oeste.
A região do Centro Histórico foi escolhida para compor o território do Distrito Criativo devido à forte presença da economia criativa no local. Só na Vila Belga mais da metade das casas abrigam empreendimentos relacionados à economia criativa. Na Avenida Rio Branco também se destacam várias atividades, incluindo brechós, antiquários, briques, entre outros.
Além disso, a Avenida Rio Branco e o eixo formado desde a Gare da Viação Férrea até a Praça Saldanha Marinho exerceram um papel fundamental na história e no desenvolvimento de Santa Maria. A chegada da ferrovia, no final do século XIX, trouxe o progresso e a modernidade, impulsionando o crescimento da cidade a partir daquela região. A posição geográfica de Santa Maria, no Centro do Estado, a tornou um importante entroncamento ferroviário por onde passavam as principais linhas ferroviárias do Rio Grande do Sul.
A Avenida Rio Branco fazia o papel de ligação entre o local de chegada de passageiros, a Gare, e o centro da cidade, a Praça Saldanha Marinho. Isso fez com que surgisse ao longo da avenida estabelecimentos, como hotéis, restaurantes, lojas, mercados, farmácias. A Avenida Rio Branco foi e continua sendo uma das principais vias de memória e desenvolvimento de Santa Maria.
GOVERNANÇA
A governança do Distrito Criativo Centro-Gare é a constituição formal de atores responsáveis por fazer o projeto acontecer. Composta por poder público, universidades, entidades e sindicatos e sociedade civil, essa estrutura foi composta estabelecendo papéis e responsabilidades mínimas para garantir a qualidade das entregas definidas no Plano de Ação do Distrito.
Escolhida em meio aos atores que se destacaram por seus envolvimento com o projeto na fase embrionária, a governança terá três níveis de atuação: a instância máxima, o nível estratégico e nível executivo.
INSTÂNCIA MÁXIMA
A Assembleia Colegiada é o órgão máximo de governança da iniciativa do Distrito Criativo Centro-Gare, com poderes para deliberar sobre todas as ações atuais e futuras da mesma. Composta por um representante de cada organização partícipe da iniciativa, todos com direito a voto, a Assembleia Colegiada realiza-se ordinariamente duas vezes por ano, ou extraordinariamente, sempre que necessário.
NÍVEL ESTRATÉGICO
O nível estratégico divide-se em Comitê Gestor e Coordenação Executiva.
O Comitê Gestor, responsável pela liderança da iniciativa e representação institucional, é composto por representantes de três entidades: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Universidade Franciscana (UFN) e Associação de Hotéis, Restaurantes, Agências de Viagem e Turismo (AHTURR) .
A Coordenação Executiva é a instância que intermedeia os processos de tomada de decisão entre Comitê Gestor e Comitês Executivos, coordenando a operacionalização das ações do Plano de Ação.
NÍVEL EXECUTIVO
O nível executivo é composto por um Comitê Executivo que se divide em comitês por dimensão: o Comitê de Ambiente Natural e Construído, o Comitê de Governança e Políticas Públicas, o Comitê de Economia Criativa e o Comitê de Identidade e Recursos Culturais. Cada um dos comitês é, ainda, distribuído em grupos de trabalho.
Podem participar dos Comitês Executivos organizações públicas, organizações privadas ou cidadãos que comprovem contribuição efetiva aos setores necessários para articular ações específicas às dimensões a que pertencem.
Para participar como líder de um Comitê Executivo, é preciso que a entidade se enquadre como organização pública ou privada com contribuições relevantes junto aos setores necessários para articular ações específicas à dimensão a que pertencem.
Os Grupos de Trabalho podem ser entendidos como estruturas mais flexíveis, que se configuram ou se dissolvem com maior facilidade, à medida que a ação foi considerada finalizada. Para isto, devem responder às demandas no Comitê Executivo da dimensão a que o Grupo de Trabalho pertence, e comunicá-lo sempre que houver necessidade.